Três Verões - Fê Friederick Jhones


Olá, viciados em café!
Hoje vim trazer a vocês mais uma resenha maravilhosa – sei que vocês devem estar se perguntando: mais uma, todos os livros que lê são maravilhosos? A resposta é não, eu leio muitos livros, tanto em e-books quanto em formato físico, mas eu só resenho aqui no blog os que eu realmente gosto, quero sempre indicar o melhor a vocês, sou chata no quesito leitura, então se um livro chegou até aqui e foi resenhado é porque realmente me surpreendeu.

O livro de hoje eu comecei a ler a umas duas semanas, mas por conta da correria acabei parando e ontem eu retomei a leitura. Comecei de forma despretensiosa, mas quando percebi estava devorando um capítulo atrás do outro, ansiosa por mais, desidratando de tanto chorar e eu já vou explicar o motivo.

RESENHA:
A história começa no verão, com Letícia e Diogo, primos que são amigos desde a infância e estão acostumados a passar o verão na mansão da família Amoretto, mas este verão é diferente, eles estão apaixonados e então iniciam um namoro, com gostinho de primeiro amor, com coração disparado e tudo mais. Com o fim do verão, Letícia e Diogo se separam, ela volta para Salvador e ele para o Rio de Janeiro.
E assim, com esse clima de paixão e de programar um futuro juntos, os dois primos conseguem manter a relação durante Três Verões e então Diogo decide que está na hora de revelar a família o amor que sente pela prima, mas não dá tempo, a avó acaba vendo eles se beijando e passa mal e desta forma um tanto quanto trágica a família descobre e não aceita o relacionamento entre os primos.
Diogo, seguro do amor que sente, chama Letícia para que eles vão embora, sigam a vida juntos e vivam o amor que sentem, mas a menina acaba sendo influenciada pela mãe, que a chama de fraca e diz que ela nunca saberia viver sem o conforto com o qual está acostumada.
O primo a espera, a mão estendida, confiante na amada, mas então Letícia desiste e a vida deles muda para sempre. Diogo vai embora sozinho.
Começa aqui o sofrimento de Letícia, que ao ser mandada para Irlanda por um ano, acaba tendo sua primeira crise de pânico no avião e ao longo de doze anos, isso piora e a moça, agora uma mulher, tem que conviver com a ansiedade e com as escolhas ruins que fez no passado. Ela passou a fazer tudo o que a família desejava, incluindo deixar seu sonho de ser artista de lado, indo cursar direito como o pai queria, mesmo que em cada audiência ela tenha que controlar o que sente.
Certo dia, Letícia recebe uma ligação da mãe e descobre que uma pessoa muito querida veio a falecer, o que faz com que ela volte a Minas Gerais, encontrar seu passado.
Ela reencontra Diogo e isso faz com que seu coração aja de maneira estranha e ela fique mais nervosa ainda, o que piora quando abrem o testamento e descobrem que cada primo ficou com uma carta escrita pela pessoa e uma bela herança.
A vida os colocou novamente no mesmo caminho. Diogo, muito diferente do que foi e Letícia, uma mulher frágil e facilmente manipulada pelos pais.
Três Verões me tocou de uma maneira que nem consigo descrever. Teve momentos que eu tive que parar de ler, com os olhos cheio de lágrimas, e correr respirar fundo e tomar um copo d’água. Já falei aqui antes e agora vou repetir: cada livro tem seu momento certo de ser lido e na hora que eu mais precisava veio este.
A escrita da Fê é incrível, ela é uma poeta nata e em cada linha deste romance percebemos a poesia e eu achei maravilhoso ela tratar de um assunto que agora está comum, mas que eu nunca havia visto em nenhum livro.
Letícia sofre de síndrome do pânico e ansiedade – não estou dando spoilers – e quando ela confessou isso, eu comecei a chorar mais ainda, porque foi naquele momento que eu senti o que podemos chamar de empatia. Eu me vi em outra pessoa, consegui ver que não era única, porque só quem sofre de ansiedade sabe como é sentir o coração sair pela boca.
A presença de Deus e o quanto ele é bom conosco também está presente. Diogo tem fé e ajuda a prima a se livrar da ansiedade, ou melhor, a controlá-la, fazendo ela ver que não está no controle de tudo, que muitas vezes o que devemos fazer é lançar o problema a Deus e deixar nas mãos dele ao invés de tentar adivinhar o futuro. Temos que aprender a parar de querer estar no controle de tudo.
O que eu relatei aqui são apenas as coisas que mais me chamaram a atenção neste livro lindo, que se eu pudesse dava vinte estrelas. Cheguei a falar para minha mãe como um livro tão bom ainda não foi descoberto por uma editora maravilhosa que o mandasse para o Brasil inteiro e chegasse a mãos de pessoas que necessitam de uma história assim.
Dizer que eu amei é pouco, tive vontade de abraçar os personagens, a autora e mandar todos os meus amigos lerem.
Recomendo muito a vocês e espero que sintam, assim como eu, o quanto a vida é maravilhosa, feita de segundas chances e que o fim pode ser apenas o recomeço.


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6 comentários:

  1. Amiga, eu já imaginava que você fosse amar este livro, realmente ele é maravilhoso demais, e tornou-se um dos meus favoritos! A escrita da Fê é muito especial! ♥

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  2. Como faz pra não chorar com uma resenha tão linda como essa?
    Obrigadaaaa, fiquei muito emocionada e feliz! Espero que pessoas sejam tocadas como vc! Beijooo

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  3. Eu sou do time de fãs da Fê, e olha que não leio muitos romances, esse livro me tocou muito amo muito o jeito reflexivo carregado de fé, esperança é poesia que a Fê conta suas histórias.
    Amei a resenha!

    Beijos

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    Respostas
    1. Beta querida, fico contente de amolecer seu coração com muito romance! kkkkkkkk Beijooo

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  4. Fiquei muito curiosa com o livro! Não conhecia!

    Beijinhos
    That Girl

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